Este blog é uma extensão do Portal de Fernando Santiago dos Santos, e divulga textos e outros materiais sobre arte, educação, história da ciência, biologia e muito mais.
terça-feira, abril 03, 2012
A Hora do Planeta (The Earth Hour) - Entrevista
Disponível em: http://miriammorganuns.blogspot.com.br/ (postagem em: 31 de março de 2012)
Também pode ser acessado em: http://www.fernandosantiago.com.br/horaplaneta.htm.
ENTREVISTA
Muito bom dia. É um prazer recebê-lo aqui para conversarmos sobre meio ambiente, e, em especial, sobre A Hora do Planeta.
Miriam Santiago: Fernando você que é Biólogo, músico amador, pesquisador de Botânica, mestre em História da Ciência e doutor em Educação, como você avalia o ato simbólico A Hora do Planeta – Earth Hour -, que será realizado neste sábado?
Fernando Santiago dos Santos: Como você mesma disse, é um ato simbólico. A crescente onda de conscientização ecológica pressupõe que as ações locais devam influenciar o mundo globalmente – o famoso mote da Educação Ambiental, “Pense globalmente. Aja localmente”. A sociedade, de forma geral, identifica os símbolos como ferramentas úteis para alcançar pessoas que não conhecem determinado assunto ou não estão totalmente conscientes de sua importância. Então, neste raciocínio, penso que o ato simbólico da “Hora do Planeta” tem sua função socioambiental definida como positiva.
Miriam Santiago: Como foi criado este ato simbólico? Você acredita que a energia economizada no período de uma hora, tempo do ato, traz alguma melhoria ao Planeta?
Fernando Santiago dos Santos: É uma iniciativa mundial da Rede WWF, conhecida como uma das maiores ONGs de ação ambiental, para enfrentar as mudanças climáticas. A economia de energia elétrica em uma hora, no mundo, é relativamente pequena comparada com a demanda energética atual. Como o ato é simbólico, creio que o intuito não é, de fato, realizar a economia, mas conscientizar as pessoas de que é possível economizar, no dia a dia (e não somente em uma hora por ano), com pequenas ações. A crise energética é global e nosso país está inserido nestas discussões. O que muitos não sabem – e está aqui a razão deste ato simbólico – é que o consumo energético está atrelado à emissão de gases de efeito estufa, principalmente em países em que a geração de energia elétrica é resultado de queima de carvão.
Miriam Santiago: Como você avalia a participação das pessoas, empresas, comunidade e governos neste ato? A participação é grande?
Fernando Santiago dos Santos: Bem, esta pergunta é um pouco difícil de ser respondida. Se você consultar o sítio eletrônico da WWF (http://www.wwf.org.br/), verá que há um destaque para a “Hora do Planeta”, onde são apontadas algumas estatísticas e informações sobre este ato. Não podemos dizer que a adesão é maciça. Em países onde já há, tradicionalmente, uma postura voltada ao que se define como sendo ‘ambientalmente correta’, podemos afirmar que talvez a adesão individual, corporativa e de Estado à iniciativa da WWF alcance proporções mais amplas quando comparada à adesão em países em que a cultura de consciência ambiental ainda é muito pequena ou quase nula. O Brasil demorou muito para acordar para as questões ambientais, e ainda estamos muito aquém do que poderíamos chamar de uma ‘consciência ecológica’ nacional, mas a cada ano noto mais e mais pessoas comentando o ato simbólico. Neste ponto, creio que a Internet, as redes sociais e todas as outras ferramentas tecnológicas afins são extremamente importantes na disseminação das informações sobre “A hora do planeta”. A mídia televisiva deveria, em meu entender, dar mais ênfase, já que ainda é o tipo de veículo de informação mais acessado em países como o Brasil.
Miriam Santiago: A sigla é globalmente conhecida como Earth Hour, mas os Estados Unidos são os maiores consumidores do planeta. Como você avalia essa questão?
Fernando Santiago dos Santos: A sigla em inglês é apenas uma convenção uma vez que é a língua “internacional” aceita pela maior parte dos países. Não poderíamos colocar a sigla em mandarim, em russo ou alemão, por exemplo, pois isto causaria grandes problemas ao ser distribuída para o mundo. Quanto à questão de os EUA serem, talvez, o país mais consumista do mundo, creio que devemos analisar a questão com certa clareza. O consumo é verdadeiramente o que move a nação norteamericana, mas se pensarmos nos países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), só para contextualizarmos a pergunta, vamos notar que o consumo nesse bloco econômico é cada vez maior e mais agressivo. Não vejo um paradoxo entre disseminarmos a sigla em inglês e associarmos isto aos EUA – até porque outros países do mundo têm a língua inglesa como língua-mãe (Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido e Canadá, por exemplo).
Miriam Santiago: Em sua opinião, quais outros atos você acredita serem mais eficazes para conscientizar a população sobre o aquecimento global?
Fernando Santiago dos Santos: Esta é a pergunta mais difícil da entrevista. Eu creio no mote do ‘pensar globalmente e agir localmente’. Não há sentido em arrumar um país todo se cada município, cada rua e cada residência não der conta de solucionar seus próprios problemas. Creio que a consciência global seja uma coisa mais filosófica que prática. As ações têm de ser locais – somente pela mudança pontual e geograficamente localizada é que se consegue atingir mudanças mais amplas. Há diversos atos que esporadicamente são incentivados por ONGs ambientalistas em municípios brasileiros, como corridas pelo meio ambiente, passeios de bicicleta e caminhadas ecológicas, plantio de mudas de plantas nativas, entre outros. Estas coisas são importantes pois mobilizam a consciência local, essencial para se avançar na tentativa de se delimitar uma ‘consciência global’.
Miriam Santiago: Aproveitando a oportunidade, conte-nos um pouco sobre seu trabalho, suas publicações na área, seus cursos, palestras.
Fernando Santiago dos Santos: Eu trabalho com educação formal desde 1987 e com educação informal e não formal (museus, unidades de conservação, exposições etc.) há pelo menos 15 anos. Já ministrei minicursos, workshops, oficinas e palestras em diversos espaços (universidades, empresas e escolas) versando sobre educação, biologia, história da ciência e meio ambiente – áreas que refletem minha formação eclética (graduação em Ciências Biológicas na Unicamp, mestrado em História da Ciência na PUC-SP e doutorado em Educação na USP). Meu currículo está disponível no link: http://lattes.cnpq.br/2271811478179514. Algumas publicações podem ser conferidas em: http://www.fernandosantiago.com.br/artigos.htm.
Miriam Santiago: Fernando, deixe seus contatos para que as pessoas possam acompanhar seu esforço e dedicação em prol do meio ambiente.
Fernando Santiago dos Santos: Meus e-mails pessoais são: fernandosrq@gmail.com e fernando.autor@yahoo.com.br. Eu tenho uma homepage particular (www.fernandosantiago.com.br) e este blog onde posto alguns pensamentos e materiais de outras pessoas (http://www.fernandosantiago.blogspot.com.br/).
Miriam Santiago: Fernando, agradeço por sua participação neste dia especial, voltado à conscientização mundial do planeta. Desejo muito sucesso a você.
Fernando Santiago dos Santos: Foi um prazer.
domingo, março 25, 2012
Aulas no ensino superior do Instituto Federal de São Roque: ainda temos alunos meramente sentantes ou podemos falar de alunos pensantes?
O ensino bancário, comentado principalmente pelo educador Paulo Freire, continua sendo um grande estigma em nosso sistema educacional. A tabula rasa da população discente parece ainda ser reticente quanto a quebrar este paradigma. Sentar-se, escutar por horas a fio alguém falando, anotar o que é falado e simplesmente tentar memorizar o mínimo para se dar bem em um teste parece ser mais fácil (e menos desafiador) do que tentar preparar os conteúdos, ler, familiarizar-se com o que é comentado, criticar o que é lido e pensar sobre tudo isso. Mudar o status quo é tão temeroso quanto lutar pelo que se acredita ser verdadeiro.
A imagem desta sala de aula vitoriana me parece muito semelhante às que encontro atualmente nos recintos de nível superior. As tabulas rasas não se vestem mais com vestidos até os pés, os sapatos não são mais desconfortáveis e o mestre não utiliza mais palmatória, mas o olhar amorfo, o pensamento em devaneio e a robotização frenética de anotar o que é falado formam um conjunto atualíssimo.
Os alunos vestem outras roupagens, pensam em outras prioridades e levam vidas mais globalmente conectadas - raras vezes, porém, conseguem desvencilhar-se deste modus operandi arcaico e ultrapassado. O relógio acusa o início de mais um período de aulas e as carteiras são ocupadas por aqueles que formam a massa sentante. Isto mesmo: a massa sentante. O caderno (se existente ou, pelo menos, utilizado) é o principal instrumento de 'estudo' e o treino muscular dos dígitos é o exercício rotineiro. Fico pensando, aqui com meus botões (que testemunham muitas e muitas aulas...), o que realmente a massa sentante pensa ser um ensino superior.
A massa sentante, entretanto, deveria ser uma massa pensante e crítica. As aulas não deveriam ser apenas o momento de "passar conteúdos" que, infelizmente, poderão ser descartados como coisas pontuais em provas que exigem muito pouco raciocínio e muita memorização. O conhecimento, reunido em áreas diversas e compartimentalizado apenas por questões curriculares, não é algo para ser descartado - ele tem seu fundamento visceral na interpretação do mundo, na perspectiva das coisas e na visão que se tem sobre a sociedade, a natureza e o self. Estudar a morfologia das células não permite apenas saber que estas unidades estruturais possuem membrana, organelas, substâncias orgânicas e inorgânicas e um sem-fim de outros compostos e propriedades: estudá-las permite traçar histórias de descobrimentos, hipóteses, relações múltiplas têmporo-espaciais que se interligam com a fisiologia, a ecologia e outras logias criadas pelo homem para interpretar a natureza.
O ensino superior parece relutar em quebrar o paradigma das aulas expositivas, dos conteúdos memorizativos, das cobranças meramente burocráticas que forçam a massa sentante a mediocrizar a si mesma em torno de uma nota mínima de aprovação. Não se pensa em inovação, em quebra de paradigma, em sair da mesmice e encarar o desafio de não ser medíocre, mas autônomo em pensamento, crítico em pesquisa e visionário em termos de obter uma formação ampla, cidadã e portanto circunscrita a uma realidade temporalizada e contextualizada.
Escrevo manifestando uma mente talvez cansada de observar, em eternos dèja vus de décadas de trabalho pedagógico, a difícil tarefa de tentar discutir novas maneiras de ensinar para alunos de cursos superiores que a sala de aula não é apenas um lugar que pode tolher a liberdade de pensar - ela pode, mais severa e radicalmente, transformar mentes livres em escravas de um "Laissez-faire, laissez-passer, le monde va de lui-même" vilmente massacrante e massificador. E viva a decoreba! E viva a lei do mínimo esforço! E viva a aula com questionário, com textos fáceis, com o mínimo mediocremente "importante" para o engodo chamado "ensino superior".
sábado, fevereiro 25, 2012
segunda-feira, fevereiro 20, 2012
Sarau na casa do Renato Rogner
domingo, novembro 27, 2011
sábado, novembro 26, 2011
segunda-feira, outubro 24, 2011
Mesa redonda em Jequié, BA
Na fotografia abaixo, eu e os outros conferencistas da mesa redonda.
domingo, outubro 16, 2011
domingo, outubro 02, 2011
Projeto "Cheirinho de Mato" - Aracaju, SE
Conheçam o projeto idealizado pelo professor e ambientalista, José Bezerra Neto, no Colégio Arquidiocesano em Aracaju (SE).
Há outros links que podem ser acessados também:
http://www.youtube.com/watch?v=obY6yfQRjPw&feature=player_embedded
http://cheirinhodemato.blogspot.com/2011/10/prof-fernando-santiago-dos-santos.html
http://labbioeducacaoambiental.blogspot.com/2011/10/prof-fernando-santiago-dos-santos.html
domingo, setembro 18, 2011
quarta-feira, agosto 31, 2011
Reconhecimento docente: como é importante para motivar nossa vida profissional!
Compartilho abaixo algumas placas comemorativas que recebi durante formaturas em que fui patrono, em diferentes escolas. Inicio a postagem, entretanto, com um reconhecimento do ano 2000 (meu Deus, há mais de uma década...!) em que fui eleito "Professor Nota 10" no Colégio Positivus.
sexta-feira, julho 08, 2011
terça-feira, junho 21, 2011
Duas imagens detalhadas do manguezal
Em segundo plano, mosaico de vegetação constituído principalmente por samambaia-do-mangue (Acrostichum aureum); em primeiro plano, indivíduos jovens de mangue-vermelho.
Aula de campo - 18 de junho de 2011 (parte 2 - Praia dos Milionários, Ilha Porchat, São Vicente)
Dia perfeito para observação e coleta de material: sol, maré baixa e costão exposto. Neste momento, Eddy coletando exemplares de alface-do-mar (Ulva lactuca) em uma poça na zona do mesolitoral.
Praia dos Milionários, próxima à subida da Ilha Porchat. Nesta imagem, visualização geral da baía onde se insere o complexo de costão rochoso.
Outra imagem da baía, com detalhe para intensa urbanização ao fundo.
Parte posterior do costão rochoso, evidenciando o canal de entrada para a baía e parte da Ilha Porchat.
Alunos, servidor Ramieri Moraes e diretora Gloria observando coletas de algas, moluscos e crustáceos nas zonas de supralitoral e mesolitoral.
Aula de campo - 18 de junho de 2011 (parte 1 - Parque Ecológico Cotia Pará)
Não deixe de acessar a Parte 2 da aula de campo.
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Fotografias durante a aula no Parque Ecológico Cotia-Pará, em Cubatão-SP (23o54' S, 46o26' W)
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Agradecemos especialmente ao Sr. José Carlos (o "Carlinhos"), do Núcleo de Educação Ambiental (NEA) do Parque Ecológico Cotia Pará, que voluntariamente no acompanhou durante toda a trilha do manguezal (e que ajudou a 'salvar' o Guilherme de seu atoleiro na lama do manguezal...!), e à Sra. Nancy Canelas, chefe do NEA, que nos permitiu a entrada na casa-sede do NEA para visualizar as instalações e o acervo.
Vejam a felicidade da Natalia e do Eddy em se sujarem com a lama do manguezal... quanta disposição para aprender!
sábado, junho 11, 2011
Aula de campo no Parque Ecológico Cotia Pará - Cubatão, SP - 18 de junho de 2011
Licenciandos de Ciências Biológicas e professores do IFSP - campus São Roque - visitarão o Parque Ecológico Cotia Pará (PECP), em Cubatão (SP) para vivenciar diferentes ambientes do bioma atlântico, entre os quais a transição restinga-manguezal e áreas remanescentes de mata atlântica de encosta.
Para a aula de campo, é necessário que TODOS os participantes atentem para o seguinte:
- Levar uma muda de roupa, principalmente calça e sapato ou tênis. A trilha a ser percorrida possui áreas alagadas e com lama. Além do mais, as calças são preferíveis aos shorts ou similares para evitar cortes acidentais (em arbustos espinhosos, por exemplo);
- Boné ou chapéu;
- Repelente (o local possui diversas espécies de mosquitos, entre eles um bem inconveniente, o mosquito-pólvora);
- Protetor solar;
- Água em bastante quantidade;
- Frutas, barras de cereais, salgadinhos, sanduíches e demais reservas de alimento;
- Opcionais: máquina fotográfica ou filmadora.
Somente para os alunos de LCB-2N:
Os materiais listados a seguir são destinados às equipes 1 a 6. O número entre [colchetes] refere-se à prensa que ficará sob responsabilidade da equipe:
Equipe 1: Camila, Roseli e Rosana [1]
Equipe 2: Davi, Mauro, Fabiano e Euclides [2]
Equipe 3: Eddy, Natalia, Diego e Debora [3]
Equipe 4: Giovani, Ivan, Guilherme e Mayara [4]
Equipe 5: Ramieri, Giovana e Eliane (Darlyne?) [5]
Equipe 6: Marcia e Maria [6]
Materiais por equipe:
- Tesoura de poda ou tesoura grande;
- Fita crepe;
- Prancheta ou caderno para anotações em campo;
- Frascos de vidro ou de plástico com tampa de boa vedação (vários tamanhos);
- Jornal velho, cortado no tamanho da prensa.
Após desidratação do material vegetal na estufa, cada equipe também ficará responsável pela preparação das exsicatas (montagem e etiquetagem). Esta etapa pós-visita será supervisionada pelo Ramieri.
Alunos de LCB-1V e LCB-1N: Devem conversar diretamente com a prof. Gloria e com o Prof. Marcio para orientações durante a aula de campo (incluindo, também, a parte referente ao ambiente de praia e de costão rochoso).
O mapa abaixo mostra a localização do parque:
2. Flora de manguezal
www.megaupload.com/?d=Q40DNO1G
3. Atividades recentes realizadas no PECP - Parque ecológico oferece visitas monitoradas
O que acontece com a sacola plástica descartável depois que deixa o supermercado repleta de compras? Geralmente reutilizada como saco de lixo, é descartada repleta de detritos em alguma calçada, à espera do caminhão de coleta. Mas a trajetória não termina aí, como mostra o curta-metragem Vida de Saco. O filme, de 3 minutos de duração, foi apresentado para um grupo de alunos da Unidade Municipal de Educação Mario de Oliveira Moreira, em visita ao Parque Ecológico Cotia-Pará, na manhã de 06 de junho de 2011. Carregado pela chuva, o saco de detritos desliza pelo meio-fio até ganhar as galerias de águas pluviais que desaguam em córregos e rios. Durante a jornada, colabora para aumentar a poluição das águas, boiando ao lado de todo tipo de detrito lançado indiscriminadamente na natureza. Ao final, já no manguezal, berço de inúmeras espécies, parte do plástico acaba devorado por um peixe. “Todo mundo fala sobre preservação ambiental, mas quem coloca em prática nas coisas simples que fazemos?”, questiona o garoto Lemuel Ferreira dos Santos, de 12 anos, um dos 10 alunos da 8ª série que, este ano, trabalha em sala de aula o eixo temático Espaço, Meio Ambiente e Sustentabilidade. “Todos podem colaborar. Até mesmo os alunos, não fazendo mais bolinhas de papel para jogar nos amigos”. Produzido pela Querô Filmes, de Santos, o filme, doado ao Núcleo de Educação Ambiental de Cubatão (NEA), estimulou o debate com os monitores ambientais e as professoras Luciana Avelino Ramos e Laura Muiños Torneiros. “O debate leva à reflexão. Esses momentos fora da sala de aula motivam os alunos, incentivando-os na adoção de ações de preservação ambiental”, comentou Laura, professora de Ciências na escola localizada no Vale Verde. Além do debate estimulado pelo filme dirigido por Jair Correia, os alunos participaram de visita monitorada ao zoológico e tiveram a oportunidade de observar a serpente píton, que estava fora de sua toca para tomar banho de sol. O Parque Ecológico Cotia-Pará fica nas margens da Rodovia Anchieta, no bairro Vila Natal. Visitas monitoras para grupos de estudantes de escolas públicas ou privadas podem ser agendadas pelo telefone 3372-2342, com a professora Nancy Canelas, ou por e-mail: neacotiapara@yahoo.com. Não há cobrança de taxas. Já o filme, que demonstra os estragos causados pelo descarte indiscriminado de sacos plásticos na natureza, pode ser visto pela internet, no site www.youtube.com/watch?v=ag0lIhR7HoA ou clicando abaixo:
sexta-feira, junho 10, 2011
Até 2014, 75 mil alunos devem receber bolsa para estudar no exterior
07 de junho de 2011
Carlos Lordelo, Estadão.edu, e Mariana Mandelli, O Estado de S. Paulo
O plano do governo federal de conceder 75 mil bolsas de estudos no exterior para estudantes brasileiros foi apresentado nesta terça-feira a reitores de universidades e de institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia. O programa de internacionalização, chamado Ciências sem Fronteiras, vai beneficiar alunos que cursam desde o nível médio até o pós-doutorado.
Elaborada pelos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, a iniciativa pretende atender a áreas consideradas prioritárias para o desenvolvimento do País: engenharia e tecnologia.
Até 2014, 75 mil estudantes deverão viajar com as despesas de passagens aéreas pagas e seguro médico pagas. Os primeiros bolsistas devem ser selecionados no primeiro semestre do próximo ano.
O projeto geral será apresentado à presidente Dilma Rousseff na quarta-feira, 15, pelos ministros Fernando Haddad, da Educação, e Aloizio Mercadante, da Ciência e Tecnologia.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), ligada ao MEC, caberá a oferta de 40 mil bolsas, com estimativa de investimento de US$ 936 milhões ao longo de quatro anos.
Já o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência de fomento do MCT, terá de oferecer outras 35 mil bolsas.
Alunos de cursos técnicos de nível médio também serão contemplados com 3 mil bolsas nos próximos três anos.
Outras 15 mil bolsas serão destinadas à educação profissional: 6 mil para estudantes de cursos tecnológicos e 9 mil divididas entre alunos de licenciatura em matemática, física, química e biologia; bacharelado tecnológico; e estudantes de nível médio.
"Vamos expor nossos bons alunos a ambientes de ensino e pesquisa diferenciados", diz o presidente da Capes, Jorge Guimarães. Segundo ele, entre os motivos de a ciência produzida no Brasil ter pouco destaque internacional está a quantidade de acordos de cooperação assinados entre instituições do País e do exterior. "Precisamos aumentar a produção científica conjunta."
Guimarães conta que a formação de doutores nas bolsas-sanduíche será induzida - o aluno vai pesquisar sobre temas de relevância para o Brasil, e não necessariamente seguir a linha de seu orientador estrangeiro. Trabalhos sobre dengue e clima semiárido, por exemplo, têm mais chances de serem contemplados.
Para a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, a iniciativa é boa, mas deveria haver um investimento também em bolsas dentro do País. "Estamos com dificuldades de financiamento desde a iniciação científica até o pós-doutorado."