terça-feira, junho 05, 2012

Aprender, sempre...

Caro(a)s colegas de LCB4N, boa tarde.

Eu não costumo escrever textos como este, mas senti necessidade de compartilhar muitas coisas com vocês desta vez. Por favor, reservem um tempinho para ler (com calma), e, de preferência, até o fim.
Nosso convívio de três semestres e duas aulas (sim, as duas aulas que dei no primeiro semestre ao substituir a Gloria em FFAMB) ensinou-me muitas coisas. Se você estiver se perguntando como é que o nosso convívio me ensinou algo, eu respondo assim: mesmo depois de duas décadas e alguns anos (muitos anos!!!) ensinando, a gente aprende, sempre. Professor que não aprende não é professor, é repetidor de algo pronto e acabado.
Voltando ao que aprendi com nosso convívio... Aprendi que esperar demais por resultados é bom porque tenta animar os que pretendem agregar mais conhecimentos do que os que são simplesmente comentados em aula, mas esperar demais por resultados é ruim porque acaba solapando alguns que não acompanham o ritmo por vezes acelerado.
Aprendi que se preocupar demais com o que os outros pensam de nós é algo importante porque podemos, eventualmente, tentar elucidar as melhores práticas, mas também notei que se preocupar demais com o que pensam de nós pode ser uma ratoeira que nos prende a detalhes e nos faz cair em tautologias.
Aprendi que a relação em sala de aula é uma dessas coisas que não se consegue definir logicamente. Cada dia é diferente, cada aula é única, cada aluno chega e sai de um jeito, cada conteúdo faz com que a aula seja mais legal ou mais chata.
Aprendi que caímos em vícios pedagógicos que, após três semestres, saturam a maneira de encarar a dinâmica da aula, e gente nova chegando na área acaba despertando mais curiosidade e afinidade.
Aprendi que as relações entre alunos e professores são muito idênticas às dos namorados e dos casados, dos amantes e de todas as outras relações interpessoais: hoje estamos a mil, amanhã nos odiamos, depois passamos a nos suportar, voltamos a nos amar, depois vem certo distanciamento.
Aprendi que tentar trabalhar estilos de aula em que pensar ao invés de memorizar coisas seja, talvez, uma atitude brusca demais, que afasta ao invés de agregar. Pessoas que têm mais talento para aulas teatrais ou mais 'animadas' ofuscam este estilo de aula.
Aprendi que santo de casa não faz milagre. As pesquisas que realizamos, os livros que escrevemos e outras tantas coisas que publicamos são mais lidas por pessoas de fora do que por aquelas que nos rodeiam.
Aprendi que há pessoas que preferem manter-se na linha média, admitindo que uma nota 6,0 está excelente ("afinal, é a nota mínima para aprovação!"), e aprendi que há os que não se conformam com um 9,0. Afinal, lidamos com a heterogeneidade, e esta prevê diversas nuanças.
Aprendi que é mais fácil trabalhar conteúdos prontos em livros didáticos que tentar trabalhar coisas ainda por saber, por investigar. Professor-pesquisador talvez não dê tanto ibope quanto professor que mastiga mais o conteúdo (afirmo a vocês que esta constatação é uma das que mais me chateiam... sempre odiei conhecimentos prontos, acabados. Não gosto de fazer questionários, não gosto de aulas do tipo 'cursinho', não vejo o aluno do curso superior como sendo mero receptáculo de informações. Mas há os que preferem isto a uma aula mais investigativa. Fazer o que, né!).
Aprendi que é necessário darmos um tempo para não desgastar a relação. Aprendi a gostar de cada um, do seu jeito, apesar de todas as crises que fortuitamente nos assolam e que fazem parte da natureza humana. Até os santos, os iluminados, os profetas e quaisquer outros personagens considerados 'superiores' a nós passaram por crises. Como dizem os chineses, as crises são oportunidades para se vislumbrar êxitos futuros. E neste aprendizado de cada um de vocês 19 que ficaram, que lutam por um curso melhor e por um IF melhor, noto que há diversas tipologias simbólicas (talvez por gostar tanto de plantas e de botânica, minhas tipologias serão alusões vegetais! Para quem tiver curiosidade, vale uma leitura rápida em:
http://www.jardimdeflores.com.br/CURIOSIDADES/A08simbologia.html). Há entre vocês girassois, açucenas, avencas, miosótis, madressilvas, cravos, camélias, amarílis, centáureas, margaridas, dedaleiras, jacintos, jasmins, alfazemas, narcisos, orquídeas, amores-perfeitos, prímulas, violetas e ninfeias. Cada flor traz em si pontos positivos e pontos negativos, como tudo na vida. Tento, sempre, ver o lado positivo, pois só assim conseguimos vencer as rusgas e avançar.
Temo que minhas mensagens (não somente as de conteúdo, mas muitas outras, ligadas à vida, à experiência, ao saber como um todo...) não tenham sido digeridas, mas a função de quem investe em educação é lançar sementes. E, mais uma vez, lanço mão da analogia botânica: a semente é uma estrutura morta que só revive quando colocada em meio propício. Faço votos de que muitas sementes que tentei lançar no solo chamado LCB4N logrem êxito, quebrem a testa dura e deixem o embrião vigorar. E que cresça o eixo hipocótilo-radicular!
Aposto em cada um de vocês. Não desistam, nunca, apesar das adversidades.
Um grande abraço.
Fernando

terça-feira, abril 03, 2012

Portal Scielo - Livros Eletrônicos

SciELO Brasil lança portal de livros eletrônicos



03/04/2012


Por Elton Alisson


Agência FAPESP – Foi lançado em 30 de março, durante evento na Universidade Estadual Paulista (Unesp), em São Paulo, o portal SciELO Livros.


Integrante do programa Scientific Eletronic Library Online SciELO Brasil – resultado de um projeto financiado pela FAPESP em parceria com o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme) –, o portal visa à publicação on-line de coleções de livros de caráter científico editados, prioritariamente, por instituições acadêmicas.


A iniciativa pretende aumentar a visibilidade, o acesso, o uso e o impacto de pesquisas, ensaios e estudos realizados, principalmente, na área de humanas, cuja maior parte da produção acadêmica é publicada na forma de livros.


“Uma porcentagem significativa de citações que os periódicos SciELO fazem, principalmente na área de humanas, está em livros. E como um dos objetivos da coleção SciELO é interligar as citações entre periódicos, a ideia é também fazer isso com livros”, disse Abel Packer, membro da coordenação do programa SciELO, à Agência FAPESP.


De acordo com Packer, a ideia do projeto foi sugerida em 2007 pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e foi iniciado em 2009 sob a liderança e financiamento de um grupo formado pelas editoras da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Fiocruz.


O desenvolvimento da plataforma metodológica e tecnológica contou com a cooperação da Bireme, e a execução do projeto teve apoio institucional e de infraestrutura da Fundação de Apoio à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).


Inicialmente, o portal reunirá cerca de 200 títulos, distribuídos mais ou menos igualmente entre as editoras das três universidades. A partir do lançamento, a expectativa é que a coleção possa contar com a adesão de outras editoras acadêmicas.

Para integrar o portal, as editoras e as obras são selecionadas de acordo com padrões de controle de qualidade aplicados por um comitê científico e os textos são formatados de acordo com padrões internacionais que permitem o controle de acesso e de citações.


As publicações poderão ser lidas por meio de plataformas de e-books, tablets, smartphones ou na tela de qualquer computador, acessadas diretamente do portal ou de buscadores na internet, como o Google, e também serão publicadas em portais internacionais.


“A ideia é contribuir para desenvolver infraestrutura e capacidade nacional na produção de livros em formato digital e on-line, seguindo sempre o estado da arte internacional”, explicou Packer.


Segundo ele, a plataforma metodológica e tecnológica desenvolvida para publicação de livros eletrônicos para a coleção da SciELO Brasil deverá ser utilizada por outros países que formam a rede SciELO para publicar suas coleções nacionais, com gestão autônoma.


Venda de livros


Além das obras com acesso aberto e gratuito, o portal SciELO Livros também possui uma área na qual será possível ao usuário comprar obras das editoras integrantes do projeto no formato e-book.


“A venda deverá ser uma das fontes de recursos financeiros previstos na operação autosustentável do portal. Isso representa uma novidade para o SciELO, que tem acesso totalmente aberto para os seus periódicos. Entretanto, o número de livros em acesso aberto deverá predominar”, disse Packer.


Segundo ele, a meta inicial é publicar entre 300 a 500 títulos por ano no portal. Entretanto, esse número de publicações dependerá da reação das editoras e do público.


“Se o projeto tiver um sucesso semelhante ao do SciELO Periódicos, o desenvolvimento do portal poderá ser mais rápido, e ele deverá contar com muito mais livros”, estimou.


Criada em 2007, o SciELO Brasil é, segundo o Ranking Web of World Repositories, conhecido como Webometrics, o líder mundial entre os maiores portais de informação científica em acesso aberto e gratuito no mundo.


Em 2011, de acordo com Packer, a coleção SciELO Brasil teve uma média diária de 1,2 milhão de downloads de artigos. Seu modelo de publicações de periódicos é adotado hoje por diversos países e forma uma rede de coleções nacionais.


Os países com coleções certificadas estendem-se pela América Latina, como Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, México e Venezuela, e Europa (Espanha e Portugal). A coleção da África do Sul está prevista para ser qualificada e certificada em 2012.


A expectativa é que esses países também venham adotar o modelo SciELO de publicação de livros em formato digital.


SciELO Livros: http://books.scielo.org  

A Hora do Planeta (The Earth Hour) - Entrevista

A Hora do Planeta
Disponível em: http://miriammorganuns.blogspot.com.br/ (postagem em: 31 de março de 2012)
Também pode ser acessado em: http://www.fernandosantiago.com.br/horaplaneta.htm.

ENTREVISTA

Muito bom dia. É um prazer recebê-lo aqui para conversarmos sobre meio ambiente, e, em especial, sobre A Hora do Planeta.

Miriam Santiago: Fernando você que é Biólogo, músico amador, pesquisador de Botânica, mestre em História da Ciência e doutor em Educação, como você avalia o ato simbólico A Hora do Planeta – Earth Hour -, que será realizado neste sábado?
Fernando Santiago dos Santos: Como você mesma disse, é um ato simbólico. A crescente onda de conscientização ecológica pressupõe que as ações locais devam influenciar o mundo globalmente – o famoso mote da Educação Ambiental, “Pense globalmente. Aja localmente”. A sociedade, de forma geral, identifica os símbolos como ferramentas úteis para alcançar pessoas que não conhecem determinado assunto ou não estão totalmente conscientes de sua importância. Então, neste raciocínio, penso que o ato simbólico da “Hora do Planeta” tem sua função socioambiental definida como positiva.

Miriam Santiago: Como foi criado este ato simbólico? Você acredita que a energia economizada no período de uma hora, tempo do ato, traz alguma melhoria ao Planeta?
Fernando Santiago dos Santos: É uma iniciativa mundial da Rede WWF, conhecida como uma das maiores ONGs de ação ambiental, para enfrentar as mudanças climáticas. A economia de energia elétrica em uma hora, no mundo, é relativamente pequena comparada com a demanda energética atual. Como o ato é simbólico, creio que o intuito não é, de fato, realizar a economia, mas conscientizar as pessoas de que é possível economizar, no dia a dia (e não somente em uma hora por ano), com pequenas ações. A crise energética é global e nosso país está inserido nestas discussões. O que muitos não sabem – e está aqui a razão deste ato simbólico – é que o consumo energético está atrelado à emissão de gases de efeito estufa, principalmente em países em que a geração de energia elétrica é resultado de queima de carvão.

Miriam Santiago: Como você avalia a participação das pessoas, empresas, comunidade e governos neste ato? A participação é grande?
Fernando Santiago dos Santos: Bem, esta pergunta é um pouco difícil de ser respondida. Se você consultar o sítio eletrônico da WWF (http://www.wwf.org.br/), verá que há um destaque para a “Hora do Planeta”, onde são apontadas algumas estatísticas e informações sobre este ato. Não podemos dizer que a adesão é maciça. Em países onde já há, tradicionalmente, uma postura voltada ao que se define como sendo ‘ambientalmente correta’, podemos afirmar que talvez a adesão individual, corporativa e de Estado à iniciativa da WWF alcance proporções mais amplas quando comparada à adesão em países em que a cultura de consciência ambiental ainda é muito pequena ou quase nula. O Brasil demorou muito para acordar para as questões ambientais, e ainda estamos muito aquém do que poderíamos chamar de uma ‘consciência ecológica’ nacional, mas a cada ano noto mais e mais pessoas comentando o ato simbólico. Neste ponto, creio que a Internet, as redes sociais e todas as outras ferramentas tecnológicas afins são extremamente importantes na disseminação das informações sobre “A hora do planeta”. A mídia televisiva deveria, em meu entender, dar mais ênfase, já que ainda é o tipo de veículo de informação mais acessado em países como o Brasil.

Miriam Santiago: A sigla é globalmente conhecida como Earth Hour, mas os Estados Unidos são os maiores consumidores do planeta. Como você avalia essa questão?
Fernando Santiago dos Santos: A sigla em inglês é apenas uma convenção uma vez que é a língua “internacional” aceita pela maior parte dos países. Não poderíamos colocar a sigla em mandarim, em russo ou alemão, por exemplo, pois isto causaria grandes problemas ao ser distribuída para o mundo. Quanto à questão de os EUA serem, talvez, o país mais consumista do mundo, creio que devemos analisar a questão com certa clareza. O consumo é verdadeiramente o que move a nação norteamericana, mas se pensarmos nos países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), só para contextualizarmos a pergunta, vamos notar que o consumo nesse bloco econômico é cada vez maior e mais agressivo. Não vejo um paradoxo entre disseminarmos a sigla em inglês e associarmos isto aos EUA – até porque outros países do mundo têm a língua inglesa como língua-mãe (Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido e Canadá, por exemplo).

Miriam Santiago: Em sua opinião, quais outros atos você acredita serem mais eficazes para conscientizar a população sobre o aquecimento global?
Fernando Santiago dos Santos: Esta é a pergunta mais difícil da entrevista. Eu creio no mote do ‘pensar globalmente e agir localmente’. Não há sentido em arrumar um país todo se cada município, cada rua e cada residência não der conta de solucionar seus próprios problemas. Creio que a consciência global seja uma coisa mais filosófica que prática. As ações têm de ser locais – somente pela mudança pontual e geograficamente localizada é que se consegue atingir mudanças mais amplas. Há diversos atos que esporadicamente são incentivados por ONGs ambientalistas em municípios brasileiros, como corridas pelo meio ambiente, passeios de bicicleta e caminhadas ecológicas, plantio de mudas de plantas nativas, entre outros. Estas coisas são importantes pois mobilizam a consciência local, essencial para se avançar na tentativa de se delimitar uma ‘consciência global’.

Miriam Santiago: Aproveitando a oportunidade, conte-nos um pouco sobre seu trabalho, suas publicações na área, seus cursos, palestras.
Fernando Santiago dos Santos: Eu trabalho com educação formal desde 1987 e com educação informal e não formal (museus, unidades de conservação, exposições etc.) há pelo menos 15 anos. Já ministrei minicursos, workshops, oficinas e palestras em diversos espaços (universidades, empresas e escolas) versando sobre educação, biologia, história da ciência e meio ambiente – áreas que refletem minha formação eclética (graduação em Ciências Biológicas na Unicamp, mestrado em História da Ciência na PUC-SP e doutorado em Educação na USP). Meu currículo está disponível no link: http://lattes.cnpq.br/2271811478179514. Algumas publicações podem ser conferidas em: http://www.fernandosantiago.com.br/artigos.htm.

Miriam Santiago: Fernando, deixe seus contatos para que as pessoas possam acompanhar seu esforço e dedicação em prol do meio ambiente.
Fernando Santiago dos Santos: Meus e-mails pessoais são: fernandosrq@gmail.com  e fernando.autor@yahoo.com.br. Eu tenho uma homepage particular (www.fernandosantiago.com.br) e este blog onde posto alguns pensamentos e materiais de outras pessoas (http://www.fernandosantiago.blogspot.com.br/).

Miriam Santiago: Fernando, agradeço por sua participação neste dia especial, voltado à conscientização mundial do planeta. Desejo muito sucesso a você.
Fernando Santiago dos Santos: Foi um prazer.

domingo, março 25, 2012

Aulas no ensino superior do Instituto Federal de São Roque: ainda temos alunos meramente sentantes ou podemos falar de alunos pensantes?


O ensino bancário, comentado principalmente pelo educador Paulo Freire, continua sendo um grande estigma em nosso sistema educacional. A tabula rasa da população discente parece ainda ser reticente quanto a quebrar este paradigma. Sentar-se, escutar por horas a fio alguém falando, anotar o que é falado e simplesmente tentar memorizar o mínimo para se dar bem em um teste parece ser mais fácil (e menos desafiador) do que tentar preparar os conteúdos, ler, familiarizar-se com o que é comentado, criticar o que é lido e pensar sobre tudo isso. Mudar o status quo é tão temeroso quanto lutar pelo que se acredita ser verdadeiro.

A imagem desta sala de aula vitoriana me parece muito semelhante às que encontro atualmente nos recintos de nível superior. As tabulas rasas não se vestem mais com vestidos até os pés, os sapatos não são mais desconfortáveis e o mestre não utiliza mais palmatória, mas o olhar amorfo, o pensamento em devaneio e a robotização frenética de anotar o que é falado formam um conjunto atualíssimo.

Os alunos vestem outras roupagens, pensam em outras prioridades e levam vidas mais globalmente conectadas - raras vezes, porém, conseguem desvencilhar-se deste modus operandi arcaico e ultrapassado. O relógio acusa o início de mais um período de aulas e as carteiras são ocupadas por aqueles que formam a massa sentante. Isto mesmo: a massa sentante. O caderno (se existente ou, pelo menos, utilizado) é o principal instrumento de 'estudo' e o treino muscular dos dígitos é o exercício rotineiro. Fico pensando, aqui com meus botões (que testemunham muitas e muitas aulas...), o que realmente a massa sentante pensa ser um ensino superior.

A massa sentante, entretanto, deveria ser uma massa pensante e crítica. As aulas não deveriam ser apenas o momento de "passar conteúdos" que, infelizmente, poderão ser descartados como coisas pontuais em provas que exigem muito pouco raciocínio e muita memorização. O conhecimento, reunido em áreas diversas e compartimentalizado apenas por questões curriculares, não é algo para ser descartado - ele tem seu fundamento visceral na interpretação do mundo, na perspectiva das coisas e na visão que se tem sobre a sociedade, a natureza e o self. Estudar a morfologia das células não permite apenas saber que estas unidades estruturais possuem membrana, organelas, substâncias orgânicas e inorgânicas e um sem-fim de outros compostos e propriedades: estudá-las permite traçar histórias de descobrimentos, hipóteses, relações múltiplas têmporo-espaciais que se interligam com a fisiologia, a ecologia e outras logias criadas pelo homem para interpretar a natureza.



O ensino superior parece relutar em quebrar o paradigma das aulas expositivas, dos conteúdos memorizativos, das cobranças meramente burocráticas que forçam a massa sentante a mediocrizar a si mesma em torno de uma nota mínima de aprovação. Não se pensa em inovação, em quebra de paradigma, em sair da mesmice e encarar o desafio de não ser medíocre, mas autônomo em pensamento, crítico em pesquisa e visionário em termos de obter uma formação ampla, cidadã e portanto circunscrita a uma realidade temporalizada e contextualizada.

Escrevo manifestando uma mente talvez cansada de observar, em eternos dèja vus de décadas de trabalho pedagógico, a difícil tarefa de tentar discutir novas maneiras de ensinar para alunos de cursos superiores que a sala de aula não é apenas um lugar que pode tolher a liberdade de pensar - ela pode, mais severa e radicalmente, transformar mentes livres em escravas de um "Laissez-faire, laissez-passer, le monde va de lui-même" vilmente massacrante e massificador. E viva a decoreba! E viva a lei do mínimo esforço! E viva a aula com questionário, com textos fáceis, com o mínimo mediocremente "importante" para o engodo chamado "ensino superior".

segunda-feira, fevereiro 20, 2012

Sarau na casa do Renato Rogner


Fernando e André tocando duetos (flautas-doce soprano e tenor) na casa do Renato Rogner (18 de fevereiro de 2012).

sábado, novembro 26, 2011

Aula de campo - 12 de novembro de 2011

Palestra sobre meio ambiente

HAContece
Informativo do HAC - Hospital Ana Costa
Santos - SP
Julho de 2011
 

segunda-feira, outubro 24, 2011

Mesa redonda em Jequié, BA

Mesa redonda "Educação científica em diferentes espaços" ocorrida em 14 de maio de 2011, como parte do projeto Debates em Educação Científica realizado na Universidade Estadual Sudoeste da Bahia, em Jequié, BA. Participaram da mesa, também, os professores Baraquízio B. Nascimento Jr e Claudia Ferreira da Luz. A Mediadora da mesa foi a prof. Iane Mello Bittencourt.
Na fotografia abaixo, eu e os outros conferencistas da mesa redonda.

domingo, outubro 02, 2011

quarta-feira, agosto 31, 2011

Algas multicelulares

Ocean Beach, San Diego (Califórnia, EUA)

Reconhecimento docente: como é importante para motivar nossa vida profissional!




Durante meus quase 25 anos como professor, vivenciei experiências fantásticas com meus alunos e aprendi muito, também, com as coisas que não deram tão certo assim...



O reconhecimento pelo trabalho é algo fundamental para a vida de qualquer profissional. Para o professor, eu diria que é essencial para alavancar novas experiências e levantar a autoestima.



Compartilho abaixo algumas placas comemorativas que recebi durante formaturas em que fui patrono, em diferentes escolas. Inicio a postagem, entretanto, com um reconhecimento do ano 2000 (meu Deus, há mais de uma década...!) em que fui eleito "Professor Nota 10" no Colégio Positivus.




terça-feira, junho 21, 2011

Duas imagens detalhadas do manguezal

Duas fotografias evidenciando a vegetação típica do manguezal da região de Cubatão-SP:




Sistema de sustentação aérea de Rhizophora mangle (mangue-vermelho) e raízes aéreas (pneumatóforos) no solo do manguezal.


Em segundo plano, mosaico de vegetação constituído principalmente por samambaia-do-mangue (Acrostichum aureum); em primeiro plano, indivíduos jovens de mangue-vermelho.

Aula de campo - 18 de junho de 2011 (parte 2 - Praia dos Milionários, Ilha Porchat, São Vicente)

Fotografias durante a aula na praia dos Milionários, contígua à Ilha Porchat, em São Vicente-SP (23o58' S, 46o22' W)

Dia perfeito para observação e coleta de material: sol, maré baixa e costão exposto. Neste momento, Eddy coletando exemplares de alface-do-mar (Ulva lactuca) em uma poça na zona do mesolitoral.

Praia dos Milionários, próxima à subida da Ilha Porchat. Nesta imagem, visualização geral da baía onde se insere o complexo de costão rochoso.


Outra imagem da baía, com detalhe para intensa urbanização ao fundo.


Parte posterior do costão rochoso, evidenciando o canal de entrada para a baía e parte da Ilha Porchat.

Alunos, servidor Ramieri Moraes e diretora Gloria observando coletas de algas, moluscos e crustáceos nas zonas de supralitoral e mesolitoral.


Outra imagem do local.

Aula de campo - 18 de junho de 2011 (parte 1 - Parque Ecológico Cotia Pará)

Segue um pequeno registro das atividades durante a aula de campo ocorrida em 18 de junho de 2011, com a participação da diretora do campus São Roque, Gloria Miyazawa, dos professores Marcio Pereira, Sandro Gazzinelli e Fernando Santiago dos Santos, e dos alunos de Licenciatura em Biologia (primeiro e segundo semestres, turmas vespertino e noturno).
Não deixe de acessar a Parte 2 da aula de campo.

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Fotografias durante a aula no Parque Ecológico Cotia-Pará, em Cubatão-SP (23o54' S, 46o26' W)
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Agradecemos especialmente ao Sr. José Carlos (o "Carlinhos"), do Núcleo de Educação Ambiental (NEA) do Parque Ecológico Cotia Pará, que voluntariamente no acompanhou durante toda a trilha do manguezal (e que ajudou a 'salvar' o Guilherme de seu atoleiro na lama do manguezal...!), e à Sra. Nancy Canelas, chefe do NEA, que nos permitiu a entrada na casa-sede do NEA para visualizar as instalações e o acervo.





Início da trilha.



Área aberta na trilha evidenciando manguezal ao fundo e vegetação perturbada.


Caminhada no interior da trilha.




Pausa para água, comida e explicações sobre a mata na "Sala Verde".


Sr. José Carlos ("Carlinhos") contando um pouco a história da "Sala Verde" e sua experiência no Parque Ecológico. Show de bola!




Mais explicações durante a pausa na "Sala Verde"...



... e recobrando o fôlego para continuar a trilha em direção à transição restinga-manguezal.




Guilherme atolou mesmo no manguezal... com certeza, ele lembrará sempre desta experiência 'de corpo e alma'! (por sorte, os solidários colegas de sala e o Sr. José Carlos o salvaram da terrível condenação...!!!).




Plântulas (indivíduos pequenos, recém-desenvolvidos a partir da semente) de mangue-vermelho, Rhizophora mangle, no primeiro plano.


E a galera botou o pé na lama mesmo... pra quem nunca tinha visitado um manguezal, com certeza as lembranças serão inesquecíveis!


Diego, o 'cowboy' do mangue....!


Vejam a felicidade da Natalia e do Eddy em se sujarem com a lama do manguezal... quanta disposição para aprender!


Detalhe do bosque de mangue-vermelho, evidenciando o sistema de sustentação das plantas em solo bastante instável.









Alunos estudando o ambiente típico do manguezal.


Alunos e Sr. José Carlos esforçando-se ao máximo para desatolar o Guilherme...


Ricardo embrenhando-se no bosque de mangue-vermelho...


Perceu em "Indiana Jones e a última cruzada no Mangue" ou "Tarzan tupiniquim... a revolta no mangue"!

sábado, junho 11, 2011

Aula de campo no Parque Ecológico Cotia Pará - Cubatão, SP - 18 de junho de 2011

1. Informações gerais
Licenciandos de Ciências Biológicas e professores do IFSP - campus São Roque - visitarão o Parque Ecológico Cotia Pará (PECP), em Cubatão (SP) para vivenciar diferentes ambientes do bioma atlântico, entre os quais a transição restinga-manguezal e áreas remanescentes de mata atlântica de encosta.
Para a aula de campo, é necessário que TODOS os participantes atentem para o seguinte:

- Levar uma muda de roupa, principalmente calça e sapato ou tênis. A trilha a ser percorrida possui áreas alagadas e com lama. Além do mais, as calças são preferíveis aos shorts ou similares para evitar cortes acidentais (em arbustos espinhosos, por exemplo);
- Boné ou chapéu;
- Repelente (o local possui diversas espécies de mosquitos, entre eles um bem inconveniente, o mosquito-pólvora);
- Protetor solar;
- Água em bastante quantidade;
- Frutas, barras de cereais, salgadinhos, sanduíches e demais reservas de alimento;
- Opcionais: máquina fotográfica ou filmadora.


Somente para os alunos de LCB-2N:
Os materiais listados a seguir são destinados às equipes 1 a 6. O número entre [colchetes] refere-se à prensa que ficará sob responsabilidade da equipe:

Equipe 1: Camila, Roseli e Rosana [1]
Equipe 2: Davi, Mauro, Fabiano e Euclides [2]
Equipe 3: Eddy, Natalia, Diego e Debora [3]
Equipe 4: Giovani, Ivan, Guilherme e Mayara [4]
Equipe 5: Ramieri, Giovana e Eliane (Darlyne?) [5]
Equipe 6: Marcia e Maria [6]

Materiais por equipe:

- Tesoura de poda ou tesoura grande;
- Fita crepe;
- Prancheta ou caderno para anotações em campo;
- Frascos de vidro ou de plástico com tampa de boa vedação (vários tamanhos);
- Jornal velho, cortado no tamanho da prensa.




Após desidratação do material vegetal na estufa, cada equipe também ficará responsável pela preparação das exsicatas (montagem e etiquetagem). Esta etapa pós-visita será supervisionada pelo Ramieri.

Alunos de LCB-1V e LCB-1N: Devem conversar diretamente com a prof. Gloria e com o Prof. Marcio para orientações durante a aula de campo (incluindo, também, a parte referente ao ambiente de praia e de costão rochoso).

O mapa abaixo mostra a localização do parque:





2. Flora de manguezal
Conhecer um pouco das principais espécies endêmicas de manguezal é uma maneira de preparar mais adequadamente a aula de campo. Os links a seguir podem oferecer algumas informações pertinentes: www.ib.usp.br/ecosteiros/textos_educ/mangue/vegetacao/vegetacao.htm
www.megaupload.com/?d=Q40DNO1G

3. Atividades recentes realizadas no PECP - Parque ecológico oferece visitas monitoradas
O que acontece com a sacola plástica descartável depois que deixa o supermercado repleta de compras? Geralmente reutilizada como saco de lixo, é descartada repleta de detritos em alguma calçada, à espera do caminhão de coleta. Mas a trajetória não termina aí, como mostra o curta-metragem Vida de Saco. O filme, de 3 minutos de duração, foi apresentado para um grupo de alunos da Unidade Municipal de Educação Mario de Oliveira Moreira, em visita ao Parque Ecológico Cotia-Pará, na manhã de 06 de junho de 2011. Carregado pela chuva, o saco de detritos desliza pelo meio-fio até ganhar as galerias de águas pluviais que desaguam em córregos e rios. Durante a jornada, colabora para aumentar a poluição das águas, boiando ao lado de todo tipo de detrito lançado indiscriminadamente na natureza. Ao final, já no manguezal, berço de inúmeras espécies, parte do plástico acaba devorado por um peixe. “Todo mundo fala sobre preservação ambiental, mas quem coloca em prática nas coisas simples que fazemos?”, questiona o garoto Lemuel Ferreira dos Santos, de 12 anos, um dos 10 alunos da 8ª série que, este ano, trabalha em sala de aula o eixo temático Espaço, Meio Ambiente e Sustentabilidade. “Todos podem colaborar. Até mesmo os alunos, não fazendo mais bolinhas de papel para jogar nos amigos”. Produzido pela Querô Filmes, de Santos, o filme, doado ao Núcleo de Educação Ambiental de Cubatão (NEA), estimulou o debate com os monitores ambientais e as professoras Luciana Avelino Ramos e Laura Muiños Torneiros. “O debate leva à reflexão. Esses momentos fora da sala de aula motivam os alunos, incentivando-os na adoção de ações de preservação ambiental”, comentou Laura, professora de Ciências na escola localizada no Vale Verde. Além do debate estimulado pelo filme dirigido por Jair Correia, os alunos participaram de visita monitorada ao zoológico e tiveram a oportunidade de observar a serpente píton, que estava fora de sua toca para tomar banho de sol. O Parque Ecológico Cotia-Pará fica nas margens da Rodovia Anchieta, no bairro Vila Natal. Visitas monitoras para grupos de estudantes de escolas públicas ou privadas podem ser agendadas pelo telefone 3372-2342, com a professora Nancy Canelas, ou por e-mail:
neacotiapara@yahoo.com. Não há cobrança de taxas. Já o filme, que demonstra os estragos causados pelo descarte indiscriminado de sacos plásticos na natureza, pode ser visto pela internet, no site www.youtube.com/watch?v=ag0lIhR7HoA ou clicando abaixo:

sexta-feira, junho 10, 2011

Até 2014, 75 mil alunos devem receber bolsa para estudar no exterior

Governo começa a detalhar plano Ciências sem Fronteira; foco será em engenharia e tecnologia
07 de junho de 2011

Carlos Lordelo, Estadão.edu, e Mariana Mandelli, O Estado de S. Paulo



O plano do governo federal de conceder 75 mil bolsas de estudos no exterior para estudantes brasileiros foi apresentado nesta terça-feira a reitores de universidades e de institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia. O programa de internacionalização, chamado Ciências sem Fronteiras, vai beneficiar alunos que cursam desde o nível médio até o pós-doutorado.

Elaborada pelos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, a iniciativa pretende atender a áreas consideradas prioritárias para o desenvolvimento do País: engenharia e tecnologia.
Até 2014, 75 mil estudantes deverão viajar com as despesas de passagens aéreas pagas e seguro médico pagas. Os primeiros bolsistas devem ser selecionados no primeiro semestre do próximo ano.

O projeto geral será apresentado à presidente Dilma Rousseff na quarta-feira, 15, pelos ministros Fernando Haddad, da Educação, e Aloizio Mercadante, da Ciência e Tecnologia.

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), ligada ao MEC, caberá a oferta de 40 mil bolsas, com estimativa de investimento de US$ 936 milhões ao longo de quatro anos.
Já o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência de fomento do MCT, terá de oferecer outras 35 mil bolsas.

Alunos de cursos técnicos de nível médio também serão contemplados com 3 mil bolsas nos próximos três anos.
Outras 15 mil bolsas serão destinadas à educação profissional: 6 mil para estudantes de cursos tecnológicos e 9 mil divididas entre alunos de licenciatura em matemática, física, química e biologia; bacharelado tecnológico; e estudantes de nível médio.
"Vamos expor nossos bons alunos a ambientes de ensino e pesquisa diferenciados", diz o presidente da Capes, Jorge Guimarães. Segundo ele, entre os motivos de a ciência produzida no Brasil ter pouco destaque internacional está a quantidade de acordos de cooperação assinados entre instituições do País e do exterior. "Precisamos aumentar a produção científica conjunta."

Guimarães conta que a formação de doutores nas bolsas-sanduíche será induzida - o aluno vai pesquisar sobre temas de relevância para o Brasil, e não necessariamente seguir a linha de seu orientador estrangeiro. Trabalhos sobre dengue e clima semiárido, por exemplo, têm mais chances de serem contemplados.
Para a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, a iniciativa é boa, mas deveria haver um investimento também em bolsas dentro do País. "Estamos com dificuldades de financiamento desde a iniciação científica até o pós-doutorado."

sábado, junho 04, 2011

III Cipatec - campus São Roque

No dia 03 de junho de 2011, alunos de Licenciatura em Biologia e dos cursos técnicos em Agroindústria e Agronegócios apresentaram seus trabalhos no campus São Roque do Instituto Federal.

Abaixo, duas exsicatas do material incorporado ao Herbário HIFSR. Este herbário, concebido pelo prof. Fernando e pelo servidor Ramieri Moraes, recebeu a colaboração maciça dos alunos do segundo semestre em Licenciatura em Biologia. A seguir, duas fotografias ilustrativas do material:



Abaixo, uma cadeira feita pelo aluno Danilo (último semestre de Agroindústria) com bambu e madeira de demolição. Este tipo de produto é denominado 'ecodesign', um conceito novo que se alinha com os ideais de sustentabilidade:




Apresentação musical com flautas-doces e história da música:


sábado, maio 21, 2011

E se a política brasileira fosse como a da Suécia...

Assista ao vídeo, revolte-se e tente fazer algo!
Nossa política é vergonhosa...


quinta-feira, maio 12, 2011

Visita a escolas de PE, CE e PI (maio de 2011)

Em visita a diversas escolas de Pernambuco, Ceará e Piauí, divulgando a obra "Ser Protagonista - Biologia" (Edições SM) aprovada no PNLD 2012(http://www.fernandosantiago.com.br/pnld2012.htm), conheci professores com dedicação, entusiasmo e muitas ideias que fazem a diferença na prática pedagógica.
Um desses professores foi Fabiano, de Ouricuri, PE. O professor de Biologia trabalha com música, teatro e tem um projeto interessantíssimo de origami.
Veja detalhes no blog do professor: http://efbintegral.blogspot.com/2011/05/visita-ilustre-no-integral.html

domingo, abril 03, 2011

O PAI FARÁ NOTÓRIA AOS FILHOS A TUA FIDELIDADE (Is 38: 19b)
(enviado por Eni Devidé)

Todos os dias vemos na mídia notícias desastrosas que abalaram ou destruíram vidas, famílias inteiras... Situações inesperadas, contraditórias ao sonho do coração de qualquer um. Nestes tempos de crises e desajustes, a maior parte de nós quer é um estilo de vida simples, família unida, ajustada, conciliada, vivendo bem uns com os outros, em paz, crescendo e aprendendo sempre, fazendo o possível e o quanto depender de nós para que tudo siga bem... Existem 3 "Ds" que são como um termômetro para medir se estas variações estão existindo ou não para que nossas famílias sejam saudáveis:

1) DEDICAÇÃO Envolve disposição, requer trabalho das nossas mãos... Qualquer família que deseja ser saudável sabe que Tempo é imprescindível - um investimento inegociável para manutenção dos relacionamentos, brincar, passear juntos, conversar, trocar idéias, viajar e que fortalece os vínculos. Toda Dedicação será revertida em benefícios pelo Tempo de qualidade de vida (Sl 128). Mútua Apreciação é outro fator determinante, elogio é como uma balança, quando você dá, um lado sobe pela valorização, mas retribui da mesma forma para que você também possa subir! (Ef 4: 31-32 / Ef 5: 19-21). E assim acontece o sobe e desce da gangorra da vida. Ser apreciado é um anelo profundo de cada ser humano que eleva o grau de autoestima.

2) DETERMINAÇÃO Envolve saber o que deve ser feito e fazer... O mais difícil em qualquer relacionamento é Gerenciar Conflitos...Todos temos diferentes tipos de personalidade e cada um reage a seu modo, às vezes é até bom conhecer bem uns aos outros para podermos trabalhar esta área. A partir do momento em que as dificuldades são identificadas e encaminhadas para resolução em acordo, todos sairão vencedores. Na família unida não há perdedores (Am 3:3). A Comunicação Aberta também é fator preponderante em qualquer situação, é onde as críticas são trabalhadas, as motivações reveladas, onde as cartas são postas na mesa para o bem de todos (Pv 24: 3-6). Retransmitir Valores também deve ser marca registrada da família: assim, pais passam aos filhos os princípios que vão nortear sua caminhada pela vida (Dt 6:5-9 / Is 38:19 / Sl 78: 3-8).

3)DESEJO Envolve todos os princípios: eu preciso, eu vou fazer e aqui entra “eu quero fazer”! Valorizar o lado bom das tradições familiares: trouxe da minha casa alguma coisa que meus filhos já aprenderam e sempre se lembram: era tradição da família italiana as massas na 5ª e aos domingos...Eles ficam esperando e já sabem que sempre faço isso, pode ser uma coisa tão pequena, mas é algo agradável de ser feito... Há a tradição de todo ano nas férias tirar a foto oficial da família, e a cada ano isto é recordado. As boas lembranças dos passeios juntos, almoços em família, aniversários, datas importantes... Elas editam na memória o lado bom de quando se estava junto, fortalece e estreita os laços, garante a identidade enquanto família , de se pertencer a alguém, de ser importante, ser querido... De fazer parte de algo maior que si mesmo! (Sl 145: 4-7, 12 / Jr 6:16 / Lm 3: 21-24).

Reafirmar compromisso é o lado bom de cada dia confirmar votos de fidelidade, respeito, interesse pelo crescimento, bem estar uns dos outros (Dt 29: 29 / Is 41:6).

terça-feira, março 15, 2011

A Revista "IstoÉ", de março de 2011, publicou um artigo mencionando um mea culpa tardio da Igreja Católica em relação à culpa imputada ao povo judeu pela morte de Jesus Cristo.

Clique na imagem ao lado para ler a reportagem na íntegra.

terça-feira, fevereiro 15, 2011

Blog: a pesquisa e a formação de professores

O blog da prof. Daisi Chapani pretende constituir-se como um espaço de discussão a respeito do papel da pesquisa na formação e na atuação do professor e está aberto à participação de professores, licenciandos, pós-graduandos e todos os que têm interesse no assunto.


O link do blog é: http://apesquisaeaformadoprofessor.blogspot.com/

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Borboletas da vida

Uma sequência de slides em PowerPoint com belas imagens e frases célebres que realmente nos fazem parar para pensar: quais são as borboletas de nossas vidas que deixamos de observar todos os dias?

Clique no link abaixo e siga as instruções do MegaUpload para baixar o arquivo:

Borboletas da vida

Reflexões sobre a vida...

"Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais solicitada que eu já escrevi."(*).

Meu hodômetro passou dos 90 em agosto, portanto aqui vai a coluna mais uma vez:

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.

2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno .

3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.

4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.

5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.

6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.

7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.

8. É bom ficar bravo com Deus Ele pode suportar isso.

9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.

10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.

11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.

12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.

13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.

14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.

15. Tudo pode mudar num piscar de olhos Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.

16. Respire fundo. Isso acalma a mente.

17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.

18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.

19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.

20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.

21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic. Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.

22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.

23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir roxo.

24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.

25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você..

26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?'

27. Sempre escolha a vida.

28. Perdoe tudo de todo mundo.

29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.

30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo..

31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.

32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.

33. Acredite em milagres.

34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.

35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.

36. Envelhecer ganha da alternativa -- morrer jovem.

37. Suas crianças têm apenas uma infância.

38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.

39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.

40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta.

41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.

42. O melhor ainda está por vir.

43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.

44. Produza!

45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente."

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(*) Escrito por Regina Brett, 90 anos de idade, assina uma coluna no The Plain Dealer, Cleveland, Ohio.

quinta-feira, novembro 11, 2010

Momento de reflexão...

De tudo ficaram três coisas...
A certeza de que estamos começando...
A certeza de que é preciso continuar...
A certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminar...
Façamos da interrupção um caminho novo...
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro!

Fernando Sabino

domingo, outubro 24, 2010

A Ilha das Flores

Assista ao documentário que continua sendo um dos melhores curta-metragens brasileiros: A Ilha das Flores
Este curta-metragem já tem sido utilizado pedagogicamente, em reuniões de psicoterapia e em um sem-fim de atividades com cunho social, ambiental, religioso e filosófico.

sexta-feira, outubro 15, 2010

Fazendo educação... de Madalena Freire

Estar vivo é estar em conflito permanente, produzindo dúvidas, certezas questionáveis.

Estar vivo é assumir a Educação do sonho do cotidiano.

Para permanecer vivo, educando a paixão, desejos de vida e morte, é preciso educar o medo e a coragem.

Medo e coragem em ousar.

Medo e coragem em romper com o velho.

Medo e coragem em assumir a solidão de ser diferente.

Medo e coragem em construir o novo.

Medo e coragem em assumir a educação deste drama, cujos personagens são nossos desejos de vida e morte.

Educar a paixão (de vida e morte) é lidar com esses dois ingredientes, cotidianamente, através da nossa capacidade, força vital (que todo ser humano possui, uns mais, outros menos, em outros anestesiados) e desejar, sonhar, imaginar, criar.

Somos sujeitos porque desejamos, sonhamos, imaginamos e criamos, na busca permanente da alegria, da esperança, do fortalecimento da liberdade, de uma sociedade mais justa, da felicidade a que todos temos direito.

Este é o drama de permanecermos vivos... Fazendo Educação.

Madalena Freire

segunda-feira, outubro 11, 2010

Conheça os benefícios do Lota

Existe uma técnica milenar indiana que auxilia a limpeza das fossas nasais e regiões adjacentes, favorecendo, assim, a melhora de processos fisiológicos relacionados às sinusites, rinites alérgicas, asma etc.

Esta técnica é representada pelo Lota (http://www.lota.com.br/) e pode ser acompanhada nos três vídeos abaixo:


Parte 1





Parte 2






Parte 3



domingo, outubro 10, 2010

Está cansado da vida?

A gente vive reclamando de tudo: se o cabelo é liso, o queremos enrolado; se os olhos são azuis, gostaríamos que fossem escuros; se o almoço tem verduras e legumes, gostaríamos de comer somente um sanduíche...
As imagens e textos do link abaixo certamente farão você repensar diversos hábitos arraigados em nossa cultura 'civilizada e pós-moderna'... Não deixe de ler - e pare de reclamar à toa da vida!

Não reclame da vida!